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sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Análise Resident Evil 6


Sendo um grande fã de Resident Evil tentei avaliar o jogo esquecendo das pesadas críticas sobre o rumo que a série está se encaminhando, consegui um exemplar da versão para o X-Box 360 e cheguei a um veredito. A parte gráfica se mostra incrível, os modelos de personagem e cenários são dignos de uma grande produção, porém as diferenças não são enormes se comparadas ao RE5 que já era um exemplo nesse quesito. O único ponto negativo é a escuridão que as vezes parece forçada numa tentativa de tentar ser assustador e se afastar do RE5 e seus cenários totalmente diurnos. E já que eu falei em assustador, não, RE6 não é um jogo assustador, os monstros são ricos em detalhes nojentos, existem muitas partes sangrentas, mas, nada que alcance aquele clima de tensão que os primeiros jogos da série passavam com maestria, portanto a franquia parece se afastar mais e mais do gênero Survivor Horror que o consagrou.

Tendo encaminhado mais para a parte de ação os controles deveriam ao menos ser rápidos e precisos, porém essa é a pior parte do jogo. O sistema Co-op sofreu algumas leves melhorias como um botão para usar itens de cura rapidamente e os parceiros até se mostram melhores do que a infame Sheeva do RE5, ainda assim existem falhas que podem frustrar totalmente a experiência de qualquer jogador. A principal razão para as críticas sobre o RE6 são os QTE (Quick Times Events) constantes, não se pode largar o controle para nada até mesmo nos cinematics, seja para subir escadas, rastejar, escapar de zumbis e etc, uma série de comandos devem ser executados ou então a tela de Game Over é mostrada. Agora é possível mirar e andar ao mesmo tempo, mas o sistema de cobertura é extremamente fraco se comparado ao de outros jogos como Gears of War. Além das falhas nos controles, é bom estar preparado para outra grande vilã: a câmera.Muitas vezes se perde o controle dela e ela se fixa em um ponto só, na maioria das vezes o pior possível que não lhe permite ver quase nada, até que de repente ela consegue se fixar em um ponto pior ainda e seu personagem acaba sendo dizimado pelo inimigo.


O ponto forte do Resident Evil 6 são suas quatro campanhas distintas que permitem jogar com vários personagens em lugares diferentes. Primeiro temos o já veterano Leon S. Kennedy acompanhado da novata Helena Harper, numa campanha que lembra os antigos jogos da série. O também veterano Chris Redfield se junta com Piers Nivens para a parte “atire em tudo que puder” do jogo. Jake Muller e Sherry Birkin participam de uma campanha que foca mais nos cinematics. Depois de completar todas as campanhas, é possível jogar com Ada Wong numa campanha cheia de puzzles.

Resident Evil já deixou de ser um Survivor Horror para se tornar uma jogo de ação, alguns fãs acham isso algo triste enquanto outros acreditam que essa “evolução” é algo necessário para a continuação da franquia. Infelizmente ao tentar servir a gregos e a troianos, Resident Evil 6 perdeu bastante foco e desperdiçou muitos elementos que poderiam ter sido incluídos. Mesmo com todas as falhas os fãs da série com toda certeza devem garantir sua cópia o quanto antes e para aqueles que são novatos na série devo dizer apenas que: Resident Evil 6 é o maior da série, mas não o melhor.

Classificação etária: 16 anos
Nota 7/10

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